terça-feira, 2 de março de 2010

Musa do Tempo

Cresci, mas desde quando era criança,
Sonhava com teu riso a minha ilharga;
Olhando a chuva e tantas poças d’água,
Que ainda hoje trago na lembrança.

Eu fui musa do tempo em temperança!
Guardando com desvelo a minha adaga,
E enquanto lá no céu, lua minguava,
Sequei minhas epíforas na trança!

No arquejo de um olhar apaixonado,
E um coração no tempo lacerado,
Ouvi dos astros, cantos magistrais!

Dormir entre queixumes, tristes ais!
E dentro dos meus doces madrigais,
Pra ti guardei meu verso cinzelado.
 
 
 Edith Lobato

4 comentários:

  1. Cara Edith ler seus poemas remete-me a uma juventude remota que emergiu de forma doce e de suave langor. Linda e tocante poesia.
    Abraços.

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  2. É SIMPLESMENTE SUBLIME E DE UMA TERNURA IMOAR, ESTE SONETO.
    EDITH, QUE COM ESMERO PINTA TÃO BELO E PREFUMADO QUADRO.
    BJS, ABRAÇOS.

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  3. CORRIGINDO: TERNURA IMPAR.

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  4. Poetisa Edith

    Lindo...seus escritos. Obrigado pela visita.

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