quinta-feira, 31 de julho de 2014

Amor

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AMOR


Tão cheia de saudade eu te procuro,
E vago, noite adentro, nesses mares;
Qual fera em pleno cio dos seus luares
Vagando erma, errante pelo escuro.
 
Assim também eu ando e me aventuro,
Nas orbitas distantes, estrelares.
E até pela gigante e, linda Antares,
Já procurei por ti, meu bem, eu juro.
 
A aurora está partindo, a noite finda.
E aqui me encontro sobre os meus lençóis,
Olhando o teu retrato a me sorrir.
 
Eu sinto uma saudade grande, infinda.
E dentro desses loucos arrebóis,
Exausta de cansaço vou dormir.
 
(Edith Lobato – 07/07/13)


domingo, 6 de julho de 2014

Meu Amor

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Meu Amor
 
Sublima meu presente, um sibilar prelúdio,
De amor, unção divina, em mágico momento.
Um odre de candura, a borrifar alento,
Nos vãos da solidão dum tempo de interlúdio.
 
O amor a me domar, varrendo todo tédio,
Na força da paixão, na foz do sentimento.
Loucura por loucura, atroz meu pensamento,
Incita-me o desejo em visceral assédio.
 
Sou pura combustão no entrelaçar da trama.
Na flor da pele estou, no teu dulçor deslizo,
Suspensa na emoção do nosso amor em drama.
 
Assim é que me sinto ardendo feito chama,
Querendo o mesmo sol que incita teu sorriso,
E o mesmo ar que pousa em uma flor na rama.
 
Edith Lobato – 15/03/14

quarta-feira, 2 de julho de 2014

Contigo

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Contigo

 Eu desejo meu amor com desespero,
Poder me naufragar em teus olores,
E dar-te o meu carinho, meus sabores.
Sorver o teu tesão, com gosto, quero.
 
Com minha boca sonho, anseio, é vero,
Tomar-te sem receios, sem pudores,
Beber languidamente teus ardores,
No sensual acorde de um bolero.
 
Eu quero com doçura e com urgência,
Beijar-te devagar e sem clemência,
E ver-te ensandecido de prazer.
 
Eu quero te fazer estremecer,
E em frêmito curvar-te, amortecer,
Fundido com o meu em louca ardência.
 
(Edith Lobato – 14/06/13)

terça-feira, 1 de julho de 2014

Desejo

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Não quero terminar os dias meus,
Repleta de lamúrias, solidões,
Sozinha como os lindos azulões,
A mariscar no chão à luz dos céus.
 
Não quero está sozinha entre meus véus,
Tão finos de desgostos, ilusões.
A palmilhar amargas emoções,
Vagando meu pensar em densos breus.
 
Prefiro então morrer antes que tudo,
Definhe-se sem cor, sem alegria,
e cega não me encante com mais nada.
 
Eu partirei contente e sobretudo,
Feliz por ter deixado em poesia,
O luto de minha alma tão cansada.
 
(Edith Lobato – 06/07/13)